Os "pequenos" detalhes da Língua Portuguesa

Sou uma apaixonada por idiomas. Todos! Se pudesse faria cinco cursos ao mesmo tempo, de diferentes línguas. Não sei exatamente quando isso começou, pois na escola não era exatamente meu assunto preferido. Sempre gostei muuuito de ler. Mas a gramática, em si, não era meu foco. Aos poucos, porém, meu fascínio pelo vocabulário novo, etimologia da palavra, lógica lingüística, foi crescendo. Ontem, via um programa desses de superficialidades no canal por assinatura GNT. Gosto de vários programas do canal, mas esse era justamente um que não costumo estabilizar o controle remoto. Porém, falava do português e do francês, num determinado momento. Das palavras derivadas do francês na área da estética e moda. Pois, foi escutando um francês falar, que descobri algo para o qual nunca atentara: a palavra "maquillage" no francês, tem a supreção de pronúncia dos dois "eles", restando maquiage. No português, grafamos como se diz em francês, apenas acrescentando o "m" porque não há substantivo terminado em "ge" em português. Eu pasma, tentando verificar, com minha filha, as palavras: "coragem, carruagem, paragem, viagem...". Então porque é que nunca me explicaram isso? Não seria mais fácil para as pessoas entenderem porque é laje, com "j", e não lage, por exemplo? Descobrimos a América graças ao francês no programa desuperficialidades. Ai, ai. A vida é mesmo surpreendente...

Urubus

Eu não queria falar sobre isso.
Este jardim não foi criado para receber peçonhas, pragas e muito menos urubus. Mas não resisti. Me perdoem.
Estou chocada com os seres humanos. Não, eu não estou falando do Lindemberg, do velho de Santa Maria, do Igor, de 18 anos que morreu com um tiro de "bala perdida" numa festa da faculdade...
Estou falando de nós. Nós que observamos. Nós imprensa. Nós que buscamos. Buscamos um caso. Caso Isabela, caso Lindemberg... Ficamos em volta, como urubus, esperando, de preferência muito sangue. E muito no que meter o pau.
Não estou defendendo ninguém. Nem polícia, nem bandido. Mas é que é impressionante! Teremos que acrescentar ao "de médido e louco todo mundo tem um pouco", no caso do Brasil, o técnico de futebol (já tão sabido) e, ainda, o policial do GATE. Viramos todos especialistas. E somos bons nisso! Convictos...
O que eu realmente acho, é que se esse tivesse sido apenas um "caso de polícia" as coisas podiam, ai sim, ser diferentes. Mas não... era o "caso lindemberg", o "caso Eloá", o "caso de Santo André", ou seja qual outro apelido dermos para a história para cobri-la 24 horas por dia, com helicópteros, especialistas, aluguéis de apartamento e contatos da imprensa com o sequestrador pelo celular! Virou um reality show! Como assim imprensa em apartamento no mesmo prédio, imprensa com o celular do sequestrador? Como podemos julgar policiais se estamos todos envolvidos nessa especulação ridícula do pior show de Truman que poderíamos criar.
Eu não sou especialista em porra nenhuma. Mas tenho medo de estar aprendendo a viver de carniça!

Royal de Luxe and The Sultan's Elephant

Royal de Luxe - A incrível companhia de marionetes gigantes de Nantes, França. Foi fundada, em 1979, por Jean Luc Courcoult. O vídeo é da performance The Sultan's Elephant.Em julho deste ano, de férias no Chile, vi fotos em uma banca de crepes, da performance realizada por lá. Que inveja dos hermanos chilenos! Quisera eu ver isto ao vivo... absolutamente mágico. Curtam!

Minha Terra tem palmeiras...


Eu adoro minha cidade, mesmo quando converso com alguns turistas e fico vermelha com algumas considerações que os mesmos fazem, e eu sei que estão certos.


É por isso que estou engajada na Rede de Amigos do Centro Histórico de Porto Alegre.


Foi em um dos encontros desta rede de amigos que eu tirei essa foto. O prédio fica na Av. Siqueira Campos, e estávamos no 21º andar.

Cenários


A noite entra pela minha janela criando cenários de sombras...

O emaranhado das orquídeas é uma floresta, e por aqui me acho

e me perco.

Charadinha matemática

Hoje estou de aniversário. O dobro da idade que faço é o meu ano de nascimento (dois dígitos, claro)...

O que fazer com R$ 0,01


É isso mesmo. Complementando o post anterior, no Brasil, há uma lei que exige que os correios realizem o serviço de "Carta Social", o que faz com que você possa enviar cartas para os seus amigos por apenas um centavo de real.
As regras:

CARTA SOCIAL

1. postagem máxima de 5 (cinco) objetos por remetente;
2. limite máximo de peso igual a 10(dez) gramas;
3. endereçamento (remetente e destinatário) efetuado de forma manuscrita;
4. mensagem envelopada, não se admitindo utilização de envelope tipo "data-mailer", com janela, com timbre de pessoas jurídicas ou com inscrições promocionais impressas no envelope. É admitida a utilização de envoltório por dobramento de papel (invólucro obtido mediante dobras de uma única folha de papel ou confeccionado pelo próprio remetente).
5. menção "carta social" aposta pelo remetente no canto inferior esquerdo do anverso do envelope, acima das quadrículas reservadas à indicação do CEP;
6. franqueamento realizado por meio de selos ou estampa de máquina de franquear;
7. não utilização de qualquer serviço adicional ou acessório;
8. remetente e destinatário devem ser pessoas físicas;
9. entrega em âmbito nacional;
10. tratamento de objeto urgente.


Olha só: ainda dão tratamento de objeto urgente... Viu só como é importante a gente se comunicar? Você ainda não escreveu uma cartinha para alguém querido? Tá esperando o quê?

Mandando letras sobre o papel


Lembro-me bem da sensação maravilhosa de abrir a caixa de correio, quando pequena, da casa onde vivia com meus pais e irmãos, e receber uma carta, um cartão postal, um pacote. O coração pulsando forte, enquanto abria o envelope ou embrulho ou, tentando decifrar a letra de quem enviava.
Havia tanto da pessoa, do momento, do sentimento, na forma como escrevia, na maneira como consertava erros, nos detalhes que se acresciam à composição no papel.
Amei tanto, cada um destes momento, que guardei tudo, absolutamente tudo o que recebi pelo correio.
Hoje relembrei esta alegria, ao mandar para uma amiga um cartão postal cheio de minhas letrinhas. Ela mora na mesma cidade que eu, nos falamos pelo telefone e nos vemos pessoalmente algumas vezes até. Mas isso não diminui em nada a delícia que é recuperar este sentimento e fazer este carinho para alguém.
Mande você também uma carta, um cartão postal...
Não sabendo para quem, minha caixinha de correio está de "porta aberta".



"Como guias que à distância podem comunicar
espaços, os monumentos e a arquitetura a serem
visitados e admirados, os postais acabam por
fundar, na repetição das imagens, o hábito."
Schapochnik

Acreditar

Tenho uma teoria, baseada e formulada apenas na experiência empírica, de que o segredo de cada um de nós para viver bem e ser o que se quer ser é a auto estima. Construída desde muito cedo, muito mesmo. Quando acreditamos que podemos chegar lá, não tem tremor, dor de barriga, suor frio e seja lá o que for que nos impeça de tentar.
Acho que é por isso que me emociona a história de Paul Pott, que tem se espalhado por e-mails e blogs mundo virtual afora. Eu serei mais um a divulgar, mas porque realmente me emociona.
Paul sofre com a baixa estima desde cedo. Era um menino gordo, dentuço, desajeitado e sem aparente talento. Foi massacrado na escola, cada vez por um dos motivos listados, ou por todos eles. Nascido em Bristol, Inglaterra, filho de um motorista e de uma caixa de supermercado, ele mesmo trabalhou como estoquista e vendedor de celulares.
Muito sozinho, fazia algo que muito de nós praticamos: canto no chuveiro. Desconfiado de que podia aprender mais sobre música, essa companheira fiel que lhe dava tanto prazer, em 2000, juntou a grana que ganhou como prêmio num concurso de perguntas e respostas para ir à Itália, assistir a uma apresentação de Pavarotti e estudar a língua de seu ídolo. Foi então que começou a pensar que poderia sonhar em ser um cantor de ópera. No entanto, no período, teve várias complicações de saúde, tendo que fazer cirurias e tratar um câncer.
Até que, já com 37 anos, juntou forças e resolveu participar de um concurso, o Britains Got Talents, uma espécie de "Fama" da TV inglesa. O concurso é como todos os outros de TV: um formato idiota, cruel, que busca mais o sarcasmo dos jurados, um certo sensacionalismo, e a diversão com os mais ousados e com pouco talento.
Mas o cara supreende a todos, imagino que até a si próprio. Enfrentando todo o seu histórico, a platéia, os jurados e os telespecatadores, vestindo um terninho barato, ele abriu a boca e começou a cantar, controlando o pavor.
Hoje ele é muito conhecido na Inglaterra e pelo mundo afora.
Eu me emociono ao ver a cena do concurso. Repare como os jurados começam discrentes, quando o rapaz diz que vai cantar ópera. Depois, vale a pena vê-los boquiabertos.
Confira: