Consumidor - cidadão

Na zona Sul de Porto Alegre, há duas grandes redes de supermercados: o Zaffari Bourbon e a Wall-Mart (com os supermercados Nacional e BIG). Quando quero exercitar meu lado "consumidorcidadão", vou na última. É um ótimo exercício, mas há que se avaliar se não estão muito altos seus níveis de estresse e pressão sangüínea. Uma incomodação, no mínimo, por vez, é garantida.

A última:

Compro Corn Flakes, da Kellogs. Estou apaixonada pelas embalagens que trazem imagens de antigas, produzidas para o cereal.


Resolvi aproveitar a promoção:



Repararam? Na compra de duas embalagens o adoçante, grátis.

Pois é. Mas o preço da promoção era R$ 2,18 superior ao de duas caixas separadas do produto.

Alertei, no caixa, para o problema "matemático". Quase 20 MINUTOS DEPOIS, tive o desconto no MEU cupom fiscal:


Mas, ainda que tivesse salientado que, além desse cereal, outros da mesma marca tinham essa incongruência de preços, nada foi feito para alterá-lo na prateleira, e outros consumidores, mais distraídos e desavisados, estão comprando gato por lebre. Isso me deixa fula da v. Mas isso é BIG. "Provoque sua paciência até não agüentar mais, ai acabe com ela com BIG!"

Argh!

Pega mal pro supermercado, pra Kellogs e de quebra, até para o adoçante Linea. Quem pode fazer algumas coisa com essa picaretagem (que é recorrente em promoções do tipo no BIG)?

O Grito

Das outras vezes em que estive em São Paulo, acabei, por um motivo ou outro, não indo ao Museu Paulista (mais conhecido como Museu do Ipiranga).

Uma das coisas que me impedia de fazê-lo, acho eu, é que o povo assusta um pouco, dizendo que não se chega de metrô, é longe, etc.
Bobagem.
Coisa muito simples. Desce-se na estação Alto do Ipiranga do metrô (aproveitando para conhecer esta que eu acho é a mais bela estação de metrô de São Paulo - fora a Luz, claro):

Em seguida, pegue o ônibus elétrico (tipo Trolibus) Gentil de Moura (linha 113) e peça para descer próximo ao Museu (na Av. Nazaré).

Assim você não vai deixar de conhecer isso:

E isso:

Viram que rola até um arco-íris, presenteado pelas fontes que habitam os inscríveis jardins?!

E ver o belo acervo do Museu (belo na proporção do que temos no Brasil sobre nossa história...).

Mas se você é como eu, e gosta de levar alguma coisinha de todas as lojinhas de Museu que visita pelo mundo (no meu caso lápis, para a coleção), não vá entre meio-dia e 14h. Parecendo um museu de pequena província (e não de uma cidadezona como São Paulo), a lojinha do Museu Ipiranga FECHA nesse intervalo para almoço (?!). :(

Feriado em São Paulo

Estou, desde o dia 21, com filhos e marido, em São Paulo. Não, nós não fomos para a Parada Gay. Se bem que estava bem divertido participar deste momento alegre...
Volto a postar depois, com alguns comentários sobre fazer turismo em SP (com crianças...).

Vento Sudeste

E ele que sempre fora do verão, chegou no inverno
Não como um sopro forte, que destrói vidas
Veio como a brisa, quase num murmúrio
Sem ferir a pele, sem abrir feridas

Então de constante e suave
Derrubou portas e invadiu minh'alma
Sem pedir licença, inundou recônditos
Dominou minha mente, agitou a calma

E de tão distante, posou resoluto em meu colo
Trazendo a lembrança de um tempo terno
Cobrou sem dolo um sentimento quieto
Como se fora certo, como se fosse urgente
Como se não fosse inverno

Fatiando CDs

Li o seguinte anúncio:
Fragmentadora Aurora de Papel,cartão e CD em Tiras

Fragmentadora de papel, cartão e CD. Corta até 8 folhas A4 75Gr ou 1 CD ou 1cartão por vez em tiras de 6mm. Cesto com capacidade para 46 folhas. Cesto com rodas. Nível de segurança 2. 110v.

Já imaginaram?! Queria uma dessas só pra inventar coisas com CDs fatiados...

Amélia é que era mulher de verdade

Minha amiga dona de casa,


Você que não consegue manter limpas e brilhosas as suas queridas panelas de aço inox...?

Há tempos ficava frustada pois não conseguia tirar as manchas amareladas que insistiam em surgir nas minhas caríssimas (de bem quistas e de salgadinhas no preço também) panelas de inox. Tentei todas as dicas indicadas pelo fabricante e na internet que encontrei. Mas nada! Pois foi que me lembrei que, quando era adolescente, alguém me ensinou a limpar meus anéis de prata com pasta de dente.

Sim, meu senhor, minha senhora. Me coloquei a esfregar as panelas com meu tubo de Colgate, e tcham, tcham, tcham, tcham. Algumas esfregadelas em círculo depois: lindas e brilhosas!

Agora a pasta de dente também é item obrigatório na minha cozinha!


Música pra ver e ouvir (palavras pra ler e curtir)

Um amigo que foi assistir ao show da Vanessa Longoni, citado no post do dia 8 de maio, escreveu o seguinte:

"O espetáculo começa Vanessa: uma mulher - me parece - dessas que não votariam no Bush, não jogam papel na rua e choram quando cortam cebola. Na verdade, dessas que choram também sem as cebolas. Olhar rápido e profundo, encarava principalmente os das primeiras filas. Tanto que certa hora fiquei com vontade de dizer: - Olá, que tal? E certamente ela responderia perguntando se eu ia bem, essas coisas, realmente querendo saber. Mas eu não falava, eu ouvia e via: o corpo pequeno e ágil, com movimentos delicadamente estudados e harmônicos, perfeitamente compassados com os acordes sobre o outono. E a voz (ah, a voz) de uma gigante, tamanha a força e beleza, com um afinamento de dar inveja. Pois assim termina o show: Longoni.
Muita técnica, muita arte, muita beleza e muita música boa. Falar dos músicos é dar tiro em Ximango, principalmente o baixista, o percussionista, o de sapato amarelo e sua gaita e o das cordas. Ou seja: uniformes e integrados. Mas, pra não ficar só nos elogios, uma coisa ruim, muito ruim: o espetáculo termina. E mais: sou contra o CD. É música pra ver e ouvir. O correto seria um DVD."
Roberto Trindade
Viram por que eu pedi autorização pra publicar? Até pra comentar um show, o cara escreve bonito assim (?!). Pois aguardem que em breve vou falar do primeiro livro de contos que esse mesmo cara vai publicar. Conheço os contos. Por isso, recomendo.

Pequenos detalhes / Boas idéias

Adoro encontar coisinhas inteligentes para a casa!

Essas são minhas duas últimas aquisições:

Tesoura de corte múltiplo (meu cabelereiro já usou algo semelhante em meus cabelos (?!). Para cortar temperinhos, rapidamente e bem finos como eu gosto, é uma beleza.




E pegadores de panela feitos de silicone. É só encaixar e pronto! Dedinhos protegidos...



Adorei!

Contradições

Mas por que é que dizemos:

- A preço de banana (quando algo é muito barato).


e


- Custou uma banana (quando algo é muito caro)?
Alguém pode me dizer?!

Todas as minhas mães

Dia das mães e eu, com a minha e meus pimpolhos, pensando: a gente é mesmo resultado de uma genética e cultura familiar. Explico a frase óbvia:

Conheci uma de minhas bisavós. Quisera eu poder conviver com ela agora. Isso porque a "Vó Olga" tinha um talento muuuito especial para tudo que envolvesse trabalhos manuais e criatividade. Aos poucos, isso foi ganhando mais e mais importância na minha vida e, hoje, seria maravilhoso aprender um pouquinho com ela.

De minha avó materna herdei o amor pela cozinha. Adoro cozinhar! Claro que estou bastante longe de fazer as maravilhas que ela fazia, mas tenho certeza de que ela também não nasceu sabendo, então, quem sabe, um dia eu chegue lá.

Minha avó paterna também tinha talento para cozinha, mas não acho que essa seja a característica principal que herdei dela. Identifico-me mais com o caráter agregador que ela tinha. Costumo ser, na família, no trabalho e com os amigos, aquela que gosta de reunir, que não esquece datas. Isso era a cara da minha querida "Oma".

Mas o que eu acho mais difícil, de todas estas mulheres da minha vida, é poder alcançar a mulher que é minha mãe: todas as características citadas acima a descrevem, e mais tantas... Com ela aprendi a gostar de ler, de idiomas, de procurar a cautela, a paciência, a tolerância e o respeito. E muitas outras coisas que a gente sempre aprende com as mães. Todos que a conhecem se encantam, não é babação de filha. Privilégio meu que ela é MINHA mãe.

Neste espaço vão aparcer, aos pouquinhos, as coisas manuais, gastronômicas e do mundo dos livros. É para isso que criei as "tags": Sumo doce, No Papel e Mãos na Terra.

Devagarinho. Trocando o pouquinho que vou aprendendo e tentando realizar.

Mais Talento

Gente,

Tá certo que isso tá parecendo agenda cultural da cidade, mas é que o que é bom dá vontade de compartilhar.

O show com Vanessa Longoni - A MULHER DE OSLO - está comemorando 2 anos de apresentações. Inspirado num conto de Eduardo Galeano (A paixão de dizer), que fala de uma mulher em Oslo que canta e conta histórias de sua vida, o espetáculo é bem cuidado, sob a detalhada e competente direção de Roberto Birindelli.

Vanessa, acompanhada de Arthur de Faria (acordeon e piano), Angelo Primon (sitar, viola, violão), Clóvis Boca Freire (baixo e contrabaixo) e Diego Silveira (percussão), traz uma energia maravilhosa, que potencializa o efeito que é ouvir o belo repertório através de sua voz: é forte, sensual, emocionada.

O repertório do espetáculo é composto por canções de Arthur de Faria, Nico Nicolaiewsky, Cláudio Levitan, Elomar Figueira de Mello, Pedro Ayres Magalhães, Rossana Taddei, Omar Giammarco, Gorán Bregovic, André Abujamra, Dulce Pontes, Alanis Morissette e Leo Maslíah, além de canções folclóricas brasileiras. Em 2006, A Mulher de Oslo ganhou o Prêmio Açorianos de Música como Melhor Espetáculo.

O CD está prometido para este ano (um já é meu), mas nada que possa substituir assistir ao delicioso espetáculo! Não perquem...

Tolerância

Vezes acho que estou ficando velha
Vezes que talvez
Tolero menos algumas condutas
Principalmente se não fui eu quem fez

Talento


Dia desses fui assistir ao espetáculo "Por Você". Uma exceção, já que há muito fico devendo para amigos, conhecidos e desconhecidos - e principalmente a mim mesma - uma agenda cultural mais ativa. Não posso deixar de registrar o quanto fiquei contente em, mais uma vez, constatar como é possível fazer tanto com tão poucos recursos. "Por Você" é delicado, sensível, irônico, bem humorado, divertido, romântico, lúdico e muito bem executado.

Surpreende-me ainda mais porque conheço uma das criadoras disso tudo, Suzana, e não sei como é tendo que fazer tantas coisas ao mesmo tempo - é profissional, estudante, mãe, esposa, filha, dona de casa, amiga, comadre dedicada - conseguir realizar algo assim.

O espetáculo serviu de trabalho de conclusão do curso de Licenciatura em Dança da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) para Suzana Schoellkopf e Márcio Barreto. A dupla criou um espetáculo que mistura música ao vivo com elementos de dança, circo e teatro para falar de amor. No palco, Daniel Barcellos, Débora Brandt Alencastro, Gilbran Mena Barreto, Itiberê Alencastro, Márcio Barreto, Marcos Guarani, Silvia da Silva Lopes, Simone Schuster, Suelen Duarte Porto e Suzana Schoellkopf.

Uma pena que a curtíssima temporada no Museu do Trabalho (Porto Alegre/RS) tenha terminado. Não sou de distribuir conselhos sem que me peçam, mas, quanto voltar a cartaz, seja onde for, procure não perder.