Imagem: John Willie's Bizarre
Preparo-me para sair. Com o marido.
Banho, roupa, maquiagem... e agora? O mais difícil... sapatos!
Se pudesse, andava sempre descalça. É como fico sempre que estou em casa e a temperatura lá fora é maior que 10ºC.
Tenho horror a escolher sapatos. À exceção de um bom tênis, todos, a certa altura, tornam-se desconfortáveis.
Lembro de alguns comentários que já escutei por ai (amigos, rádio, televisão) sobre a diferença que faz um salto alto para a mulher. Tolinha, embarco nessa de fazer charme e coloco um sapato (lindo, por sinal - na prateleira...) cor de ameixa, salto plataforma delicado, e lá vou eu, abafando.
Meia hora depois já não sei o que fazer com meus pés. A dor é lancinante.
Passo a equilibrar-me desajeitadamente sobre eles.
Minha biblioteca, e últimas leituras, está recheada de autores chineses, que, saídos do país há duas décadas, começam agora a revelar ao mundo algumas das verdades do oriente que ignorávamos quase que por completo. Uma das descrições que aparecem em todas as obras que contam a histórias das gerações daquele país e que mais me apavora é o costume, não tão longinquo, de quebrar os ossos dos pés da menina, a partir de seus dois anos, enrolá-los em gaze, mantendo os dedos voltados para baixo. Isso porque a mulher que tivesse os pés maiores que 12cm era rejeitada pela sociedade e jamais conseguiria casar-se. A imagem frágil da mulher tentando equilibrar-se sobre os pés deformados e doloridos, em passos curtos, era adorada pelos homens.
Algo me diz que oriente e ocidente não estão assim tão distantes.
Louca pra chegar em casa e massagear os pés com Shiatsu!
Banho, roupa, maquiagem... e agora? O mais difícil... sapatos!
Se pudesse, andava sempre descalça. É como fico sempre que estou em casa e a temperatura lá fora é maior que 10ºC.
Tenho horror a escolher sapatos. À exceção de um bom tênis, todos, a certa altura, tornam-se desconfortáveis.
Lembro de alguns comentários que já escutei por ai (amigos, rádio, televisão) sobre a diferença que faz um salto alto para a mulher. Tolinha, embarco nessa de fazer charme e coloco um sapato (lindo, por sinal - na prateleira...) cor de ameixa, salto plataforma delicado, e lá vou eu, abafando.
Meia hora depois já não sei o que fazer com meus pés. A dor é lancinante.
Passo a equilibrar-me desajeitadamente sobre eles.
Minha biblioteca, e últimas leituras, está recheada de autores chineses, que, saídos do país há duas décadas, começam agora a revelar ao mundo algumas das verdades do oriente que ignorávamos quase que por completo. Uma das descrições que aparecem em todas as obras que contam a histórias das gerações daquele país e que mais me apavora é o costume, não tão longinquo, de quebrar os ossos dos pés da menina, a partir de seus dois anos, enrolá-los em gaze, mantendo os dedos voltados para baixo. Isso porque a mulher que tivesse os pés maiores que 12cm era rejeitada pela sociedade e jamais conseguiria casar-se. A imagem frágil da mulher tentando equilibrar-se sobre os pés deformados e doloridos, em passos curtos, era adorada pelos homens.
Algo me diz que oriente e ocidente não estão assim tão distantes.
Louca pra chegar em casa e massagear os pés com Shiatsu!
3 comentários:
Tudo em nome da estética???
Não dá, né, Luiz? Tudo tem limite...
Bj
E temos tantos outros itens usados em nome da dita "beleza" e que merecem ser pensados. Isso daria um bom estudo... espartilhos, sutiãs, sapatos, depilações, magrezas... Enquanto as mulheres se libertam de alguns, vejo os homens começando a assumir outros...Pode???
bj
Angela
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